Eis o Balneário! |
Até então eu a Rosana, iríamos passar a virada do ano, o “famoso” Revellion, bem no estilo: casal + 7 gatos + 5 cães; eu sei, que doideira é essa de ter tantos bichos?!?
Mas... acontece que alguns destes
animais foram resgatados e ainda não conseguimos lares para eles; o último integrante
foi um filhote de cachorro com poucos meses, que estava vagando na Avenida
Marechal próximo a antiga rodoviária, bem na área central.
O nosso cardápio seria algo simples,
lasanha, salada (com verduras de verdade) e frutas, acompanhados com um ótimo
vinho frisante.
Adoramos uma feira livre, a mais perto
de casa é a feira da Orla Morena, que ocorre toda quinta-feira, dia ou melhor
noite fresca ou seria fresquinha?????
Fomos em um dos nossos lugares favoritos,
o Picadinho Lanches, da Orla Morena, primeiro porque é do lado da feira e
segundo eles tem um dos melhores Chopps de Vinho da cidade e terceiro, o lanche
é muito bom também, sem mencionar o atendimento maravilhoso que nos prestam.
Logo que chegamos já conseguimos um
bom lugar e nem bem sentamos, já pedimos um chopp de vinho, é claro, ah antes
que eu esqueça, eu e a Rô criamos o mau hábito de sempre dividir o chopp e o
lanche, ficamos tão mal acostumados nisso que não conseguimos beber um inteiro
sozinhos; não que não aguentamos, mas sim porque pegamos este hábito de
dividir, EU SEI! SOMOS UM CASAL ESQUISITO! MAS... SOMOS FELIZES!
Voltando... logo depois de pedirmos
uma das funcionárias que estava ajeitando uma das mesas próxima a nós acenou
pra gente nos cumprimentando e como somos clientes já a algum tempo ela já
disse que vinha falar conosco logo logo, dizendo “Oi! Já vou aí pra gente
conversar!”
Cumprimentamos ela em retorno e foi
ela quem ficou nos atendendo, conversamos um pouco (quando digo conversamos um
pouco quero dizer: Rosana falou muito mais que eu, essa é uma das coisas que
mais amo nela). Enquanto fazíamos o pedido do lanche, surgiu o papo sobre a
virada do ano.
UMA COISA IMPORTANTE! Com a Rosana, um
assunto emenda em outro, que vai para um 3º, surge um 4º, volta pro 2º,
relembra o 1º e quando menos se espera conclui um 5º e no meio disso tudo surgiu
um, VAMOS PRA RIO VERDE?
- Você tem parentes lá?
- Não e nunca fui! Vou pra conhecer e ter uma aventura!
Ela sem perda de tempo nos chamou para ir com ela, disse que iria acampar no balneário, eu e a Rô nos entreolhamos, ela disse que viu um brilho nos meus olhos, eu ainda acho que era efeito do chopp, pois já estávamos dividindo nosso terceiro e falamos: “vamos ver! Temos que ver alguém pra cuidar de nossa pequena gangue de quadrúpedes.”
Assim, pediu pra gente confirmar até
as 8 da manhã de sexta, passando pra gente seu número de celular, DETALHE!
Sempre conversamos muito, mas nunca tínhamos perguntado os nomes; e assim surge
a Núbia nas nossas vidas.
DESCULPA POR NUNCA TERMOS PERGUNTADO ANTES!
QUE VERGONHA!
OH, E AGORA
QUEM IRÁ NOS AJUDAR?????????
ELE! O MATHEUS!
A Ro já me disse pra
falar com Matheus, que assim que liguei ele topou.
Assim que Núbia trouxe nosso 5º chopp
de vinho, já confirmamos que iríamos, mas, minha ficha caiu. COMO VAMOS DORMIR
POR LÁ? Núbia prontamente disse que conseguia uma outra barraca sem problemas,
então tá certo. Vamos nessa aventura.
Assim pouco depois de terminarmos o
lanche nos despedimos e fomos pra casa, no caminho fizemos uma pequena lista do
que precisaríamos levar.
- Caixa térmica;
- Carne;
- Garrafa térmica pra água;
- Frutas;
- Dois refris de 2 litros;
- Um vinho espumante pra virada;
- Outras bebidas;
- carvão;
- um colchão inflável pra dormirmos
A Núbia providenciou mais bebidas, uma
churrasqueira pequena com grelha, as barracas e outros comes.
Quando estávamos em casa, minha
enteada disse que surgiu um imprevisto e seu pai não poderia acolher ela pra
passar a noite da virada, então, avisamos a Núbia que aumentou mais um ser vivo
na nossa pequena aventura.
Na manhã de sexta fizemos a correria
em busca das coisas que precisávamos, alguns itens já tínhamos, como a caixa
térmica e o colchão inflável, que eu sabia estar furado, assim primeiramente
fomos atrás de alguém pra consertar ele.
No final das contas só por volta das
15 horas conseguimos chegar na casa da Núbia, que já estava achando que
tínhamos dado pra trás.
Finalmente pegamos a estrada e eu seguindo
as orientações de minha mãe, orei assim que partimos. Na estrada fomos entre um
pagode dos anos 90 e uma evidências de Chitãozinho e Chororó, fomos nos
conhecendo melhor.
Chegamos por volta das 18 horas na
cidade. Depois, foi descobrir onde balneário ficava, é o balneário 7 quedas de
Rio Verde.
Quando chegamos no local, negociamos
as entradas e fomos procurar onde deixar o carro, logo em seguida começou a
outra parte da aventura. ONDE MONTAR AS BARRACAS?!?
Primeiramente fomos dar uma olhada, é
um balneário grande com vários banheiros, alguns quiosques, todos ocupados
obviamente, afinal chegamos NA CARA E CORAGEM, tipo sem ter a certeza de que
existiria um espaço para acamparmos.
Depois de andar um pouco e ver o
espaço, detalhe, já estava noite e onde ficamos não tinha muita iluminação pra
vermos melhor o local, resolvemos montar acampamento perto do carro. Montamos
as barracas, apanhamos um pouco delas, mas vencemos a batalha, enquanto as adolescentes
resolveram passear no local nós fomos terminando de ajeitar as coisas, montar a
churrasqueira e fui encher o colchão.
Ô troço que num enche nunca, cê fica bombeando, bombeando e
parece que nunca fica cheio, mas consegui.
Depois de tudo ajeitado fomos ver a
parte do rio, com as pequenas quedas d’água. Antes de pisarmos na água que estava
deliciosamente geladinha, Ro pediu licença pra Oxum e eu o fiz também, ficamos
lá por um tempo curtindo a água, as estrelas e notamos que do outro lado tinha
o que parecia ser outro balneário, aparentemente mais “chique”, na manhã
seguinte descobrimos que era a parte “nobre” do mesmo balneário, pois, nessa
parte ficavam os apartamentos e até um restaurante.
Nunca tinha imaginado passar uma
virada de ano com o som da água de cachoeira e um céu estrelado. Confesso que
as vezes me espanto com as alegrias que tenho na vida. Até ganhei um chinelo. Ganhar
do tipo: achamos nas pedras e com a água quase levando embora.
A Rosana disse: - PEGA!!!!
Eu não quis
a princípio.
Enfim, acabei ganhando um chinelo preto de tiras largas da
marca havaianas, e olha que eu estava enrolando a quase 3 meses pra comprar um
chinelo. KKKKKKKKK
Ro pediu pra eu agradecer o presente a
Oxum, claro que o fiz! Num sou doido de ir contra.
O chinelo que "ganhei!" |
Voltamos pro “acampamento” e por volta
das 22 horas eu acho, resolvemos acender a churrasqueira e preparar nossa ceia;
então... lembra da lasanha? Virou um churrasco de carne e linguiça, a salada
virou um vinagrete e as frutas virou um arroz branco e farofa pronta.
A minha maior batalha travada foi
acender a churrasqueira, O TROÇO DIFÍCIL! Sério, como as civilizações pré-históricas
conseguiam acender com facilidade isso, foi quase uma caixa de fósforos e muito
álcool gel, mas no final... Núbia acendeu.
Depois dessa derrota eu resolvi
temperar a carne e cortar em pedaços de bife, nada perfeitos, e apanhei mais
ainda pra assar, pois parecia que toda hora as brasas do carvão estavam pra
apagar. OLHA É SÉRIO! Por mais que eu tenha tido um pai churrasqueiro de mão
cheia, não sirvo pra isso não, só dou conta mesmo é de brincar de fazer bife na
chapa e algumas massas.
Ah já tava esquecendo! Lembram do
colchão que levei pra consertar o furo, então, consertaram o furo. Descobrimos
com duras pedras nas costas que seria melhor ter usado o colchão novo.
A rô sentindo o gelado da água pela manhã. |
Bem, tivemos nossa ceia, com queima de
fogos em uma sexta a noite e brindamos a chegada de 2022 com nosso vinho
frizante. Capotamos em sequência, eu, Rô e a Beatriz em uma barraca para duas
pessoas e um colchão inflável furado.NA cachoeira
Pela manhã estava uma cerração
lindíssima que em uma hora desapareceu, aproveitamos para conhecer melhor o
lugar e tomarmos muito banho de rio e pequenas cachoeiras. Depois de muita
diversão, banho, risadas e um almoço gostoso, voltamos pra Campo Grande.
Essa foi a pequena história desse
revellion de 2022, uma doideira de última hora, na qual conheci Rio Verde,
fortalecemos amizades, constatei que não sou bom com churrasco, ganhei um
chinelo havaianas preto com tiras largas. E o mais importante, renovei a minha fé
nas alegrias nossas de cada dia.
Nós e as cachoeiras! |
Até a próxima!
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