segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

“Oi! Já vou aí pra gente conversar!”


Eis o Balneário!





Até então eu a Rosana, iríamos passar a virada do ano, o “famoso” Revellion, bem no estilo: casal + 7 gatos + 5 cães; eu sei, que doideira é essa de ter tantos bichos?!?

          Mas... acontece que alguns destes animais foram resgatados e ainda não conseguimos lares para eles; o último integrante foi um filhote de cachorro com poucos meses, que estava vagando na Avenida Marechal próximo a antiga rodoviária, bem na área central.

          O nosso cardápio seria algo simples, lasanha, salada (com verduras de verdade) e frutas, acompanhados com um ótimo vinho frisante.

          Adoramos uma feira livre, a mais perto de casa é a feira da Orla Morena, que ocorre toda quinta-feira, dia ou melhor noite fresca ou seria fresquinha?????

           Dessa vez estava mega vazia não só de pessoas, mas também de barracas. Resultado: ZERO COMPRAS E UMA FOME ACOMPANHADA DE SEDE!

          Fomos em um dos nossos lugares favoritos, o Picadinho Lanches, da Orla Morena, primeiro porque é do lado da feira e segundo eles tem um dos melhores Chopps de Vinho da cidade e terceiro, o lanche é muito bom também, sem mencionar o atendimento maravilhoso que nos prestam.

          Logo que chegamos já conseguimos um bom lugar e nem bem sentamos, já pedimos um chopp de vinho, é claro, ah antes que eu esqueça, eu e a Rô criamos o mau hábito de sempre dividir o chopp e o lanche, ficamos tão mal acostumados nisso que não conseguimos beber um inteiro sozinhos; não que não aguentamos, mas sim porque pegamos este hábito de dividir, EU SEI! SOMOS UM CASAL ESQUISITO! MAS... SOMOS FELIZES!

          Voltando... logo depois de pedirmos uma das funcionárias que estava ajeitando uma das mesas próxima a nós acenou pra gente nos cumprimentando e como somos clientes já a algum tempo ela já disse que vinha falar conosco logo logo, dizendo “Oi! Já vou aí pra gente conversar!”

          Cumprimentamos ela em retorno e foi ela quem ficou nos atendendo, conversamos um pouco (quando digo conversamos um pouco quero dizer: Rosana falou muito mais que eu, essa é uma das coisas que mais amo nela). Enquanto fazíamos o pedido do lanche, surgiu o papo sobre a virada do ano.

          UMA COISA IMPORTANTE! Com a Rosana, um assunto emenda em outro, que vai para um 3º, surge um 4º, volta pro 2º, relembra o 1º e quando menos se espera conclui um 5º e no meio disso tudo surgiu um, VAMOS PRA RIO VERDE?

- Você tem parentes lá?

- Não e nunca fui! Vou pra conhecer e ter uma aventura!

                   Ela sem perda de tempo nos chamou para ir com ela, disse que iria acampar no balneário, eu e a Rô nos entreolhamos, ela disse que viu um brilho nos meus olhos, eu ainda acho que era efeito do chopp, pois já estávamos dividindo nosso terceiro e falamos: “vamos ver! Temos que ver alguém pra cuidar de nossa pequena gangue de quadrúpedes.”

          Assim, pediu pra gente confirmar até as 8 da manhã de sexta, passando pra gente seu número de celular, DETALHE! Sempre conversamos muito, mas nunca tínhamos perguntado os nomes; e assim surge a Núbia nas nossas vidas.

 DESCULPA POR NUNCA TERMOS PERGUNTADO ANTES! QUE VERGONHA!

OH, E AGORA QUEM IRÁ NOS AJUDAR?????????   

          ELE! O MATHEUS!

A Ro  já me disse pra falar com Matheus, que assim que liguei ele topou.

          Assim que Núbia trouxe nosso 5º chopp de vinho, já confirmamos que iríamos, mas, minha ficha caiu. COMO VAMOS DORMIR POR LÁ? Núbia prontamente disse que conseguia uma outra barraca sem problemas, então tá certo. Vamos nessa aventura.

          Assim pouco depois de terminarmos o lanche nos despedimos e fomos pra casa, no caminho fizemos uma pequena lista do que precisaríamos levar.

          - Caixa térmica;

          - Carne;

          - Garrafa térmica pra água;

          - Frutas;

          - Dois refris de 2 litros;

          - Um vinho espumante pra virada;

          - Outras bebidas;

          - carvão;

          - um colchão inflável pra dormirmos

          A Núbia providenciou mais bebidas, uma churrasqueira pequena com grelha, as barracas e outros comes.

          Quando estávamos em casa, minha enteada disse que surgiu um imprevisto e seu pai não poderia acolher ela pra passar a noite da virada, então, avisamos a Núbia que aumentou mais um ser vivo na nossa pequena aventura.

          Na manhã de sexta fizemos a correria em busca das coisas que precisávamos, alguns itens já tínhamos, como a caixa térmica e o colchão inflável, que eu sabia estar furado, assim primeiramente fomos atrás de alguém pra consertar ele.

          No final das contas só por volta das 15 horas conseguimos chegar na casa da Núbia, que já estava achando que tínhamos dado pra trás.

          Finalmente pegamos a estrada e eu seguindo as orientações de minha mãe, orei assim que partimos. Na estrada fomos entre um pagode dos anos 90 e uma evidências de Chitãozinho e Chororó, fomos nos conhecendo melhor.

          Chegamos por volta das 18 horas na cidade. Depois, foi descobrir onde balneário ficava, é o balneário 7 quedas de Rio Verde.

          Quando chegamos no local, negociamos as entradas e fomos procurar onde deixar o carro, logo em seguida começou a outra parte da aventura. ONDE MONTAR AS BARRACAS?!?

          Primeiramente fomos dar uma olhada, é um balneário grande com vários banheiros, alguns quiosques, todos ocupados obviamente, afinal chegamos NA CARA E CORAGEM, tipo sem ter a certeza de que existiria um espaço para acamparmos.

          Depois de andar um pouco e ver o espaço, detalhe, já estava noite e onde ficamos não tinha muita iluminação pra vermos melhor o local, resolvemos montar acampamento perto do carro. Montamos as barracas, apanhamos um pouco delas, mas vencemos a batalha, enquanto as adolescentes resolveram passear no local nós fomos terminando de ajeitar as coisas, montar a churrasqueira e fui encher o colchão.

Ô troço que num enche nunca, cê fica bombeando, bombeando e parece que nunca fica cheio, mas consegui.

          Depois de tudo ajeitado fomos ver a parte do rio, com as pequenas quedas d’água. Antes de pisarmos na água que estava deliciosamente geladinha, Ro pediu licença pra Oxum e eu o fiz também, ficamos lá por um tempo curtindo a água, as estrelas e notamos que do outro lado tinha o que parecia ser outro balneário, aparentemente mais “chique”, na manhã seguinte descobrimos que era a parte “nobre” do mesmo balneário, pois, nessa parte ficavam os apartamentos e até um restaurante.

          Nunca tinha imaginado passar uma virada de ano com o som da água de cachoeira e um céu estrelado. Confesso que as vezes me espanto com as alegrias que tenho na vida. Até ganhei um chinelo. Ganhar do tipo: achamos nas pedras e com a água quase levando embora.

          A Rosana disse: - PEGA!!!!

Eu não quis a princípio.

Enfim, acabei ganhando um chinelo preto de tiras largas da marca havaianas, e olha que eu estava enrolando a quase 3 meses pra comprar um chinelo. KKKKKKKKK

          Ro pediu pra eu agradecer o presente a Oxum, claro que o fiz! Num sou doido de ir contra.

O chinelo que "ganhei!"

          Voltamos pro “acampamento” e por volta das 22 horas eu acho, resolvemos acender a churrasqueira e preparar nossa ceia; então... lembra da lasanha? Virou um churrasco de carne e linguiça, a salada virou um vinagrete e as frutas virou um arroz branco e farofa pronta.

          A minha maior batalha travada foi acender a churrasqueira, O TROÇO DIFÍCIL! Sério, como as civilizações pré-históricas conseguiam acender com facilidade isso, foi quase uma caixa de fósforos e muito álcool gel, mas no final... Núbia acendeu.

          Depois dessa derrota eu resolvi temperar a carne e cortar em pedaços de bife, nada perfeitos, e apanhei mais ainda pra assar, pois parecia que toda hora as brasas do carvão estavam pra apagar. OLHA É SÉRIO! Por mais que eu tenha tido um pai churrasqueiro de mão cheia, não sirvo pra isso não, só dou conta mesmo é de brincar de fazer bife na chapa e algumas massas.

          Ah já tava esquecendo! Lembram do colchão que levei pra consertar o furo, então, consertaram o furo. Descobrimos com duras pedras nas costas que seria melhor ter usado o colchão novo.

A rô sentindo o gelado da água pela manhã.

NA cachoeira
          Bem, tivemos nossa ceia, com queima de fogos em uma sexta a noite e brindamos a chegada de 2022 com nosso vinho frizante. Capotamos em sequência, eu, Rô e a Beatriz em uma barraca para duas pessoas e um colchão inflável furado.

          Pela manhã estava uma cerração lindíssima que em uma hora desapareceu, aproveitamos para conhecer melhor o lugar e tomarmos muito banho de rio e pequenas cachoeiras. Depois de muita diversão, banho, risadas e um almoço gostoso, voltamos pra Campo Grande.

          Essa foi a pequena história desse revellion de 2022, uma doideira de última hora, na qual conheci Rio Verde, fortalecemos amizades, constatei que não sou bom com churrasco, ganhei um chinelo havaianas preto com tiras largas. E o mais importante, renovei a minha fé nas alegrias nossas de cada dia.

Nós e as cachoeiras!

          Até a próxima!

 

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